Monitores de visitação e demais servidores do Palácio-Museu Olímpio Campo estão aprendendo a se comunicarem por meio da linguagem de sinais. O Curso de LIBRAS é promovido pelo Palácio-Museu Olímpio Campos, em parceria com o Centro de Capacitação de Profissionais de Educação e Atendentes às Pessoas com Surdez (CAS/SEED). O evento será desenvolvido em quatro módulos que serão realizados sempre às segundas-feiras, das 8 às 12h.
O curso é ministrado pelo instrutor do CAS, Amilton dos Santos Júnior, que é surdo, e assessorado pelo intérprete em LIBRAS, Edicarlos Santos da Conceição. "É muito importante a realização deste curso em ambientes como esse em que circulam os mais variados públicos", disse Edicarlos. Professor e intérprete são do CAS.
As aulas são conduzidas por Amilton que transmite os sinais e o alfabeto em LIBRAS. "O tom da linguagem dos surdos é a expressão", ressaltou Edicarlos durante a abertura do curso para mostrar ao público a importância da atenção e de como é feita a comunicação com os deficientes auditivos.
Este é o primeiro curso de LIBAS ministrado no PMOC. Para o diretor do Palácio-Museu, Oyama Teles, a Casa Civil, a qual o Palácio-Museu é vinculado, e a direção do PMOC se preocuparam em oferecer a capacitação para garantir e aprimorar a acessibilidade ao Palácio. Ele chamou a atenção, também, para a oportunidade que os servidores estão tendo em ampliar seus conhecimentos e levar para o ambiente fora do trabalho esse meio de comunicação, tão útil na sociedade.
A assistente do Centro de Pesquisa do PMOC, Alessandra Guedes, disse que sempre teve curiosidade em aprender a língua de sinais. "Estou aproveitando agora essa oportunidade e pretendo aprender para me comunicar melhor com o público que visita o palácio, o colega Leonardo, que trabalha no mesmo setor que o meu e é surdo, e lá fora, também", disse a aprendiz.
A oficial da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (SEIDES), Mariene Cardoso Gonçalves, é aluna do curso de pós-graduação de LIBRAS em uma faculdade particular e aproveitou o curso do PMOC para reforçar conhecimentos. "Quero me aperfeiçoar para trabalhar com pessoas portadoras de deficiência auditiva", falou.
O curso é totalmente prático. Nas aulas, os alunos aprendem o alfabeto, os sinais e juntamente com o professor, reforçam seus conhecimentos por meio dos exercícios feitos em sala. Ao final dos quatro módulos, a meta é que os alunos possam entender e se expressarem - ainda que a nível básico - com os surdos. A expectativa, também, é que os alunos busquem mais conhecimento acerca da Língua Brasileira de Sinais. |