Um projeto como o Cinexperiência, implantado por José Cláudio Teixiera Jr., que responde pela coordenadoria de Pesquisa e Ações Educativas do Palácio Museu Olímpio Campos (PMOC), não poderia simplesmente parar, sem motivo aparente. Iniciado em agosto do ano passado, o projeto só teve três edições, sendo a primeira com a apresentação de "O Grande Ditador" de Charles Chaplin e comentários do crítico Ivan Valença; a segunda, com exibições de curtas-metragens e apreciação de Rosângela Rocha e a terceira e última edição, quando ocorreu a exibição de "Arca Russa" de Aleksandr Sukorov e comentários da jornalista que vos escreve.
Agora, parece que o Cinexperiência retorna com todo gás e para os amantes de uma boa sessão de cinema, o filme que será exibido, logo mais, às 19h30, na sala multieventos do Palácio Museu, com acesso gratuito, será "Aaltra" (2004), um road-movie diferente, irreverente e ácido dirigido pelos belgas Gustave de Kervern e Benoit Delépine.
Em uma hora e meia de duração, o espectador tomará conhecimento da trama, na qual Ben (Delépine), um homem de negócios que vive numa pequena aldeia belga, enquanto ele trabalha, partilha com o seu vizinho Gus (Kervern), um agricultor, um estimado e profundo ódio acompanhado de desprezo, como só quem convive de perto pode sentir. Em resultado de uma agressão, que culmina num acidente com uma máquina debulhadora, ambos perdem o uso das pernas, vendo-se confinados a duas cadeiras de rodas.
A ideia de suicídio ou autocomiseração nem sequer é aflorada. E qualquer sentimentalismo ou pena é rapidamente posto de lado, quando eles se metem à estrada: um com a clara ideia de processar a empresa finlandesa Aaltra que fabricou a máquina; e o outro movido pela sua única paixão, agora platônica, o motocross.
Segundo José Cláudio, a Coordenação de Pesquisa e Ações Educativas do PMOC está buscando estender as parcerias com outras instituições a fim de ampliar o acervo de filmes. Ele disse também, que ao contrário do ano passado, quando as sessões ocorriam às 11 horas dos sábados. Somente na edição de hoje e do mês de abril, será na última quarta-feira do mês. A partir de maio elas acontecerão sempre na última quinta-feira de cada mês, às 19h30, seguidas de um bate-papo informal no Café Museu.
O Palácio Museu Olímpio Campos, que fica localizado à Praça Fausto Cardoso, é vinculado à Casa Civil. Inaugurado em maio do ano passado, o PMOC guarda um acervo formado por 241 peças, incluindo mobiliário de ex-governadores, telas de artistas plásticos, entre outras. É um dos mais significativos monumentos da arquitetura oficial e importante referencial da história política e da cultura sergipanas. É patrimônio tombado pelo Estado desde 1985.
O Palácio Museu Olímpio Campos está aberto à visitação pública de terça a sexta-feira, das 10 às 17 horas e aos sábados e domingos das 9 às 13 horas.
Fonte: Jornal da Cidade.net |