O Palácio Museu Olímpio Campos (PMOC) recebeu na noite da última sexta-feira, 25, s solenidade de entrega da primeira edição do Prêmio Manadeuí que homenageou vinte personalidades que contribuem para a luta contra o racismo e a intolerância religiosa em Sergipe. Promovido pelo Fórum Sergipano de Religiões de Matriz Africana, em parceria com a Coordenação de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), e com o apoio da Fundação Palmares, o evento dá continuidade à programação do ?Sergipe Negro?, uma série de eventos que ocorreram durante o ?Novembro Negro? o mês da consciência negra.
Segundo o babalorixá Pejigan Irivan de Assis, coordenador do evento, o Prêmio Manadeuí é uma homenagem a Mãe Nanã fundadora do Terreiro Abassá São Jorge é um ícone das religiões de matriz africana em Sergipe, "enquanto movimento e religião, viemos prestar essa homenagem a uma ancestral pois, se estamos aqui hoje é por conta da luta dela contra a intolerância religiosa", explica Irivan.
O babalorixá ressalta as dificuldades que as religiões afro-brasileiras enfrentam em meio ao preconceito "a religião sempre foi o ícone da luta africana no Brasil e que inspirou toda a comunidade negra. Hoje o país passa por um momento difícil onde as religiões de matriz africana são atacadas e seus membros são agredidos, estamos na luta contra o racismo religioso e contra o fundamentalismo isso tem provocado no povo do axé a busca pela sua unidade", finaliza.
Durante a solenidade houve também o lançamento da segunda caminhada para Oxalá que acontece dia 20 de janeiro de 2017. Entre os homenageados na solenidade estiveram diversos representantes de religiões de Matriz africana da Capital e do interior do Estado, como Mãe Marizete que é filha de Mãe Nanã, Além do secretário estadual da Cultura, Irineu Fontes, e o prefeito eleito de Aracaju, Edvaldo Nogueira.
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