Em contagem regressiva para expor à sociedade seus 143 anos de história, o Palácio-Museu Olímpio Campos (PMOC) conta com um aporte para recontar os fatos e eventos passados no monumento. Entre objetos de personalidades políticas do Estado, mobiliário da época e obras de arte, os visitantes interessados na história de Sergipe podem encontrar o Centro de Pesquisa e Educação. No centro encontra-se disponível um acervo biblio-documental, que possui livros, fotografias e comendas, relacionados à história da república sergipana.
O espaço conta também com quatro computadores onde os visitantes podem ter acesso ao catálogo seletivo com alguns documentos da coleção e é coordenado pelo arquivologista José Cláudio Teixeira. Os computadores pode ser utilizados para pesquisa, troca de informações e para o acesso ao catálogo seletivo do fundo Manoel Cabral Machado.
O acervo é composto por livros originais obtidos através de pesquisa e compra, e uma doação da família do ex-vice governador Manuel Cabral Machado. O arquivo pessoal de Cabral Machado contém, além de livros, comendas, bilhetes, fotografias e postais adquiridos durante toda a vida do pesquisador.
Além de patrimônio cultural, a biblioteca constitui um acervo intelectual que servirá como fonte de consulta e análise para alunos e pesquisadores. Para conservar tal herança, o PMOC, através da Secretaria de Estado da Casa Civil, vem desprendendo tratamento científico aos documentos captados. "O PMOC está sendo pioneiro ao deferir tal tratamento a arquivos pessoais, não só no tratamento como também na questão da guarda e conservação", destaca o José Cláudio.
O Palácio está realizando a readequação do espaço do arquivo para ter controle das condições de temperatura, umidade e luminescência ideais para a conservação preventiva. No entanto, os documentos em mal estado de conservação, após avaliação, poderão ser reparados por um conservador-restaurador contratado pelo Olímpio Campos.
Quando os documentos chegam ao Museu, após o abalançamento da sua importância, passam por um processo de higienização, classificação e catalogação. Na catalogação do inventário José Cláudio trabalha junto ao historiador Lesbão Thiago, 24.
"O nosso papel, enquanto cientistas sociais, é preservar tudo o que for possível das documentações existentes, por isso, é de suma importância um tratamento qualitativo e específico em qualquer documentação existente em acervos. O nosso trabalho deve ir além da conservação física destes", afirma o historiador.
Estão sendo respeitadas as normas do Conselho Nacional de Arquivos (CONArq) para saber o grau de acessibilidade dos documentos. "Existem documentos que se forem considerados confidenciais, podem ficar aqui por até 100 anos. A principal função de organizar o acervo é legar para as gerações futuras os conhecimentos a que estamos tendo acesso agora. Essa documentação é de interesse público, mas não só para a nossa geração", salienta Teixeira.
Ascom SECC |