Desde 2010 Aracaju tem história, política, arquitetura e beleza reunidos em um só local para a visitação do público com a reabertura do Palácio Olímpio Campos, trazendo mais uma função em sua característica: a de museu. O responsável por reabrir este uma das maiores referências da história política deste Estado foi o saudoso ex-governador Marcelo Déda, que, se vivo, comemoraria 55 anos no dia 11 de Março.
Déda, em seu primeiro mandato, fez questão de revitalizar o Palácio Olímpio Campos e conceder novamente a vida às paredes deste local que já abrigou os principais chefes de Estado de Sergipe, reinaugurando-o, após 15 anos fechado, no dia 21 de Maio de 2010. Por esta razão, portanto, Déda ocupa um nome de extrema importância para a história do Palácio Museu.
Marcelo Déda Chagas nasceu em Simão Dias, em 1960, era caçula dos cinco filhos de Manoel Celestino Chagas e Zilda Déda Chagas. Com 13 anos, o caçula e sua família se mudam para Aracaju, mais precisamente para o bairro São José, e Déda passa a estudar no Colégio Estadual Atheneu Sergipense. Logo depois, em 1980, se formou pelo curso de direito da Universidade Federal de Sergipe, onde participou do Diretório Central dos Estudantes (DCE), atraindo a atenção da militância política pelo seu empenho diante de questões esquerdistas.
Na primeira eleição do PT, em 82, Déda é lançado a candidadato a deputado estdual, mas alcança somente 300 votos, quatro anos depois é candidato e eleito. A partir daí o filho de dona Zilda Déda e Manoel Celestino seguiu a carreira política e marcou uma nova fase política em Sergipe, passando a ser um dos principais nomes da política do Brasil. Foi deputado estadual, federal, prefeito de Aracaju e esteve à frente de dois mandatos no Governo Estadual. Até que, no dia 02 de Dezembro de 2013, já no fim do seu segundo mandato, faleceu vítima de um câncer gastro-intestinal no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
O corpo de Déda veio à Sergipe e ele foi velado no local onde pediu, no salão de recepção do Palácio Museu Olímpio Campos, numa emocionante despedida aberta ao povo sergipana. Serenata, chuvas de pétalas vermelhas e diversas homenagens pertenceram a triste ocasião. Assim, a memória do Palácio Museu é marcada pelo renascimento proveniente deste homem que é lembrado como uma das maiores personalidades políticas do país.
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