Com muito arrasta-pé, quadrilha, sanfoneiros, banda de pífanos e comidas típicas, o Palácio Museu Olímpio Campos (PMOC) comemorou o dia de São Pedro com todos que se fizeram presentes na tarde desta sexta-feira, 28. A tarde festiva começou com apresentação do trio Persanne Music e CIA, que animou todos que passavam na Praça Fausto Cardoso, em frente ao Palácio.
Para abrilhantar ainda mais, a festa junina contou com a apresentação da Quadrilha "Nova Vida", do SESC/Siqueira Campos. Cerca de 40 integrantes, todos com mais de 60 anos, dançaram e animaram o público com suas coreografias ensaiadas e repertório junino. A quadrilha do SESC tem mais de trinta anos e há onze é coordenada por Anderson Charles, que anima todos os idosos do grupo. "É gratificante fazer parte dos festejos juninos e apresentar nossa riqueza cultural, aqui no Palácio Museu Olímpio Campos - símbolo de beleza, riqueza e orgulho pro nosso estado. A coordenação está de parabéns por organizar um evento como este e não deixar passar em branco a festa do povo nordestino", disse coordenador da quadrilha.
A coordenação do Palácio Museu Olímpio Campos também organizou uma palestra sobre a importância e surgimento da banda de pífano e convidou o grupo "Esquenta Muié", da cidade de Laranjeiras, que encerrou a tarde de festejos. "O Palácio Museu Olímpio Campos não podia deixar passar em branco esta festa que representa a cultura e a riqueza sergipanas. É com muito orgulho que preparamos estas apresentações para nossos visitantes e público em geral", disse Eliana Borges, coordenadora de Educação e Pesquisa do PMOC.
Banda de Pífano
Evandro de Jesus Bispo, multi-instrumentista, foi o responsável em apresentar para o público um pouco do histórico, surgimento e importância cultural da banda de pífano para o Estado de Sergipe. De acordo com ele, um grupo de seis amigos dá continuidade à história das bandas de pífanos da cidade de Laranjeiras, viajando dentro e fora do estado para disseminar esta riqueza cultural. A banda de pífanos batizada de "Esquenta Muié" nasceu em 2010 com uma proposta de promover uma redescoberta do pífano, do folclore e da rica música nordestina.
As apresentações da banda são marcadas pelo repertório eclético, que une a tradição dos pífanos e a produção de novas sonoridades e manifestações musicais. Entre as principais influências que a banda recebeu estão: Luiz Gonzaga, a Banda de Pífanos de Carauru, a Banda de Pife Muderno e o grupo Flautins Matuá. Em sua formação, a banda é composta por seis músicos, Evandro de Jesus Bispo, Aislam dos Santos Cruz, Vanderson Augusto dos Santos, Antônio Paulo dos Santos Silva, Carlos Adriano Costa e Camilo Valentin de Jesus Santos, que trazem um histórico de pesquisa da música folclórica e unem suas experiências para promover uma afirmação da identidade musical do povo sergipano. |