Um passeio pelo Palácio Museu Olímpio Campos (PMOC) é uma viagem no tempo. Instalado no Centro Histórico de Aracaju, o PMOC, foi inaugurado em maio de 2010. O visitante ao entrar em um dos maiores símbolos da política sergipana, encontrará em seu acervo, mobiliário e louças do século XIX, telas de artistas plásticos sergipanos e de outros estados, totens que permite acesso à informação com modernidade em alguns pontos centrais e exemplares raros de livros, na Biblioteca Vice-Governador Manoel Cabral Machado. Durante a visita pode ser apreciado a arquitetura do prédio, entregue à população em 1863 (e tombado em 1985) para ser sede do governo, além das fotografias e informações acerca de todos os governadores sergipanos e que contam um pouco a trajetória e desenvolvimento urbano do Estado.
Quando o atual governador do Estado, Marcelo Déda transformou a antiga sede governamental em museu, mostrou que, como instituição museológica, o Palácio Museu Olímpio Campos, desempenha a função de centro agregador do patrimônio cultural e social, possibilitando o contato do visitante a um universo de conhecimento produzido ao longo da história.
Papel social
O papel social de um museu como Olímpio Campos é mostrar que não é apenas uma instituição que simplesmente expõe itens que despertam a curiosidade do público e sim um espaço que exerce, promove papel de inclusão social, cultural e intelectual. E para cumprir seu papel social, é preciso instigar as pessoas para que elas tenham vontade de conhecer o museu e que ao conhecer sintam-se dono de tudo que está exposto.
É preciso despertar no sergipano a ideia de que toda a riqueza guardada no Palácio-Museu Olímpio Campos pertence a todos, e cada um tem que ser agente multiplicador fazendo com que outros tenham acesso ao museu, porque toda coleção do PMOC que guarda a memória política do Estado ainda é desconhecida por grande parte da população. Papel social é justamente fazer com que o público conheça seu patrimônio histórico.
Tecnologia
A informação no Palácio-Museu Olímpio Campos está a um toque das mãos, nos totens eletrônicos disponibilizados aos visitantes, eles informam sobre o espaço e também sobre todos os ex-governadores sergipanos. Os terminais (totens) estão no hall, na sala dos ex-governadores e no corredor do Palácio, próximo à sala de multieventos. Foram adquiridos pelo PMOC numa parceria com a fundação Banese.
O PMOC possui ainda áreas de acesso ao público que contam a história política e cultural do monumento e da República de Sergipe e promove eventos abertos ao público, a exemplo de exposições fotográficas, mostras de artistas, lançamentos de livros, entre outros.
"Sala Cidade de Aracaju"
A população de Sergipe e do país tem a sua disposição um precioso acervo fotográfico no Palácio-Museu Olímpio Campos, na ?Sala Cidade de Aracaju', que expõe um olhar particular e expressa a paixão de um fotografo sergipano, Lineu Lins, que é um colecionador de textos, imagens, fotografias, desenhos e documentos do Estado e de Aracaju.
Nesse ambiente o visitante conhecerá através defotos, painéis, escolhidas a dedo do seu acervo pessoal o desenvolvimento da vida urbana da capital, e seus primeiros conjuntos arquitetônicos (incluindo o Palácio Olímpio Campos, sede do governo). A sala é verdadeira homenagem a capital sergipana, tanto em registros fotográficos quanto em uma grande maquete, doada pela Prefeitura Municipal de Aracaju, que projeta o desenho da capital entre as décadas de 20 e 40. "Desde infância guardava imagens dos lugares, cenas marcantes, e às vezes tristes. Mas, fiel arquivo para essas imagens é a mente. É emocionante, muito bom saber que minhas fotos retratam um pouco da história do meu Estado e de um patrimônio como o Palácio-Museu Olímpio Campos" disse Lins.
Livros raros
Cerca de 3 mil títulos catalogados, que incluem obras raras e produções de Tobias Barreto, Sílvio Romero, Graccho Cardoso, João Emilio, Felisbelo Freire, Euclydes da Cunha, Mário Cabral, Plínio Salgado, fazem parte do precioso acervo de livros acadêmicos e raros da Biblioteca Vice-Governador Manoel Cabral Machado, que funciona dentro do Palácio-Museu Olímpio Campos.
O nome é uma homenagem ao ex vice-governador sergipano, que governou o estado de 1966 a 1970. A biblioteca está aberta à visitação, pesquisa e leitura, no horário de funcionamento do Museu, de terça a sexta-feira, das 10 às 17 horas e aos sábados e domingos das 9 às 13 horas. O acesso e consulta às obras é livre e gratuito.O Museu disponibiliza um funcionário treinado para orientar os visitantes em suas pesquisas. As doações são bem-vindas.
Visitação
O Palácio-Museu Olímpio Campos é vinculado à Casa Cicvil e fica aberto à visitação de terça a sexta-feira das 10 às 17 horas e aos sábados e domingos das 09 às 13 horas. Seu acervo reúne mais de 600 peças, além dos quase 3 mil livros que compõem a biblioteca Manoel Cabral Machado. O acesso ao museu é gratuito.
Fotos: Lineu Lins |