O Palácio-Museu Olímpio Campos (PMOC) homenageia todas as mulheres de Sergipe através da exposição "MUSAS", em comemoração ao dia Internacional da Mulher, comemorado mundialmente no último dia 08 de março. São professoras, agriculturas, feirantes, garis, estudantes, costureiras, dançarinas, garçonetes e tantas outras mostradas através do olhar e recorte da fotógrafa Edinah Mary.
O PMOC, através desta exposição, tenta homenagear todas as mulheres que nos dias atuais, quase sempre anônimas, contribuem efetivamente com extrema dedicação para um mundo melhor. E como diz o poeta Cesar Garcez, em seu poema ?Nome de Mulher', são tantas "Marias, Maria das Dores, Maria de Lourdes, Maria do Carmo, ou simplesmente Maria", cada uma delas são verdadeiras musas contemporâneas.
Mulheres Sergipanas
Como não dá para homenagear todas as mulheres sergipanas, apresentando suas lutas, conquistas e batalhas, para representá-las, o Palácio-Museu Olímpio Campos escolheu três nomes: Núbia Marques, que nasceu em Aracaju no dia 21 de dezembro de 1927, filha de Atílio Pinna Marques e Bernardina Rosa Marques. É formada em Belas Artes e mostra sua sergipanidade em poesias, contos e romances; Carmelita Pinto Fontes, que nasceu na cidade de Laranjeiras no dia primeiro de fevereiro de 1933. Em 1962 fundou Academia Sergipana de Jovens Escritores. É formada em Letras e foi professora na Universidade Federal de Sergipe- UFS; e por fim a poetisa, ficcionista, psicopedagoga, formada em Filosofia e Psicologia, a sergipana Gizelda Santana Morais, que nasceu no dia 30 de maio de 1939.
Sentimentos e Poesia
As três ?MUSAS' contemporâneas escolhidas representam o perfil da mulher sergipana e entre tantas qualidades elas são poetas e seus sentimentos transmitidos em poesias merece destaque:
"Tentei o pão/ para traçar o destino tentei o beijo/ para difundir o afeto tentei a espada/ para a estratégia da luta é muito esforço/ para tão pouca vida".
Núbia Marques - Maturação, 1997.
"Já não sei se te amei como devia/ já não sei se te quis como queria/ sei que te amei bem mais do que podia/ mais tempo do que tinha para amar".
Carmelita Pinto - Incerta Incerteza, 1982.
"Deus seja louvado/ sejam louvados os deuses que infringiram as leis/ as suas próprias".
Gizelda Santana - As leis e as exceções, 1982.
Neste mês dedicado as mulheres, toda a coordenação do Palácio-Museu Olímpio Campos deseja que as ?MUSAS' sejam reconhecidas e que seu papel na sociedade não passe despercebido. A exposição está aberta ao público e o acesso é gratuito.
FOTOS: ASCOM/SECC |