O Palácio-Museu Olímpio Campos, atualmente em fase final de restauração, recebeu a visita de artistas plásticos e artesãos do Estado na última segunda-feira. Eles ficaram entusiasmados com as melhorias no prédio, que passou por delicados trabalhos de recuperação dos móveis e da pintura das paredes e elementos artísticos.
A artista plástica Hortência Barreto se encantou com a beleza do Palácio e salientou a importância do local que agora passar a ser também um museu. "O Palácio tem uma arquitetura linda. Além disso, acho que todo espaço deve ter uma ocupação e ser aberto para todos, para saber quem fomos e entender quem somos. É realmente uma iniciativa maravilhosa e merece o nosso apoio", disse.
O Palácio funcionou como sede do Governo até 1995 e foi palco de grandes decisões e acontecimentos históricos. Por isso mesmo, só os governantes e pessoas ligadas a ele tinham acesso ao local. Com a chegada do projeto de palácio-museu, o escultor Pinto Santeiro espera que agora o povo reconheça o valor que os sergipanos possuem: o patrimônio histórico e cultural. "Eu acho a ideia valiosa porque agora teremos acesso a um Palácio-Museu que fica no centro da cidade, bem fácil de achar".
O artista plástico Ismael Pereira fez questão de frisar o quanto é bom ver que essa iniciativa é o marco inicial de uma nova era no campo das artes, da cultura, e, sobretudo, da preservação e manutenção da memória sergipana. "Foi uma demonstração do mais alto espírito democrático abrir as portas do Palácio e dar ao povo a consagradora oportunidade de participar da história do seu próprio Estado. Faço votos que a iniciativa tomada pelo Governo seja coroada do mais pleno êxito e que o povo sergipano, independentemente do seu nicho social, assimile a grandeza do projeto e colabore no possível para que ele se perpetue".
Restauração
O projeto de restauração do Palácio-Museu Olímpio Campos visa preservar um importante fragmento da nossa memória. Para tal, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Casa Civil, já investiu mais de R$ 5 milhões em obras que incluem também os trabalhos de iluminação externa, compra de equipamentos e serviços complementares. A ideia é promover a completa restauração dos elementos artísticos e móveis daquele que é um dos maiores símbolos da política sergipana, inaugurado em 1863.
Para o secretário de Estado da Casa Civil, Oliveira Júnior, fazer dos artistas co-participes da reestruturação do Palácio é uma forma de valorizar o talento dos sergipanos. "A visita dos artistas a este Palácio reflete o espírito do Governo que busca compartilhar suas ações com nomes importantes da história e das artes de Sergipe", disse o secretário.
Além de Hortência Barreto, Ismael Pereira e Pinto Santeiro, estiveram presentes no Palácio os artistas Bené Santana, Beto Pezão, Tintiliano, João Firmino e Lineu Lins.
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