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João Alves Filho

Mandato: 1983 a 1987 / 1991 a 1994 / 2003 a 2006
Nasceu na capital sergipana Aracaju, no bairro Santo Antônio, filho do empresário e construtor civil João Alves e Dona Maria de Lourdes Gomes. Fez seus estudos iniciais na capital e em 1961 ingressou na Escola Politécnica da Universidade da Bahia, graduando-se em engenharia civil em 1965; nesse mesmo ano fundou a Habitacional Construção S.A, que se tornou por muito temo uma das maiores empresas da construção civil em Sergipe e no Nordeste.
Iniciou sua vida pública como Prefeito de Aracaju, nomeado pelo então Governador José Rollemberg Leite; filiado a ARENA (Aliança Renovadora Nacional) tornou-se muito popular em sua gestão adquirindo a fama de tocador de obras e de um grande administrador, sua gestão encerrou-se em 1979, sem ter um projeto rejeitado pela câmara, que tinha na sua formação a maioria de vereadores filiados ao MDB; em 1979 entrou para o Partido Popular (PP) do qual foi um dos fundadores; mas, pouco tempo depois se afastou da vida política, e em 1982 o PP, partido que fundou foi incorporado ao PMDB, partido que sucedeu o MDB.
Em 1982 retorna as eleições diretas no País e surge um novo contexto político; nesse novo momento o então Governador do Estado Augusto Franco convida João Alves a filia-se ao Partido Democrático Social (PDS), partido sucessor da ARENA. Em seguida foi indicado ao Governo do Estado apoiado por Albano Franco Presidente da Comissão Executiva Regional do PDS, e ainda apoiado por várias lideranças Políticas do Estado; saindo-se muito bem com uma larga vitória tendo como seu vice Antônio Carlos Valadares, assumiu o governo em 15 de março de 1983. Em seu primeiro mandato com o apoio do Banco Mundial criou o projeto Chapéu de Couro, que beneficiava a região do agreste semiárido com a perfuração de poços artesianos e a construção de cisternas, estradas vicinais, redes de energia elétrica, escolas e postos de saúde; a popularidade dele aumentava a cada ano, mas politicamente os problemas começaram a surgi e em março de 1985 João Alves rompeu com a família Franco, ingressando no Partido da Frente Liberal (PFL), que vai apoiar a candidatura de Tancredo Neves a Presidência da República; com a morte de Tancredo assume a Presidência o seu vice José Sarney e João Alves o apoia, mesmo fazendo algumas críticas em relação a questões econômicas, mas esmo assim manteve-se junto como grupo.
Em 1985 esteve envolvido com a disputa eleitoral para a Prefeitura de Aracaju, que tinha como candidato o Deputado Jackson Barreto, para tanto o PFL aliou-se ao PMDB.
Em 1986 o PFL tentou manter-se no poder para a sucessão de João Alves, mas, as articulações propostas não deram certo, tornaram-se inviáveis, sendo assim João passa a apoiar o seu vice Antônio Carlos Valadares e com algumas alianças, consegue a vitória, tornando-se o único Governador do PFL no País. Após sair do governo João é empossado no Ministério do Interior, em um momento conturbado na política nacional, que passava por uma disputa interna muito acirrada levando o PFL a romper com o Governo fato que João foi contra, apoiando o Presidente inclusive o projeto de mandato de cinco (05) anos para Presidente, que não foi aprovada na Assembleia Constituinte (1987-1988). O tempo que foi Ministro enfrentou muitos desafios no País, em 1º de março de 1990 deixa o Ministério que foi extinto pelo Presidente Collor.
O retorno à vida política no Estado leva-o novamente a disputa do Governo do Estado mesmo, com muitas discursões internas, ele consegue vencer no 1º turno; esse pleito foi marcante porque foi a 1º vez no Brasil que três (03) negros tornam-se governadores.
Logo no inicio de seu governo sofre muitas críticas por decisões que tomou em relação a determinados cargos públicos. No inicio de 1992 instalou-se no Brasil uma crise política que levou ao impeachment do Presidente, mas em relação a esse período também foi muito conturbado, mas, ele conseguiu terminar seu mandato e ainda se preparar para concorrer à reeleição em 1994, mas nesse pleito ele não consegue ser vitorioso e assim no dia 31 de dezembro encerrou seu mandato; em 1996 ele se envolve no processo eleitoral da prefeitura de Aracaju, buscando eleger sua esposa o que não conseguiu; em 1998 enquanto sua esposa era eleita senadora ele tentava novamente o Governo do Estado, mas, foi derrotado por Albano Franco; em 2002 saiu novamente candidato e em uma disputa acirrada com Albano Franco no segundo turno saiu vitorioso. Na sua terceira gestão criou a Secretária de Combate a Pobreza; em 2006 candidatou-se novamente ao governo do Estado perdendo agora para Marcelo Déda.
Em 2012 candidatou-se, mas uma vez a Prefeitura de Aracaju, sendo eleito e terminando seu mandato em 2016. É membro da Academia Sergipana de Letras. Em todos os seus governos teve a marca do empreendedorismo e algumas obras se destacam como:
- a criação da Orla da Atalaia;
- projeto do Platô de Neópolis;
- construiu o Bairro Coroa do Meio;
- construiu a Ponte Godofredo Diniz que liga a Coroa do meio ao centro de Aracaju;
- construiu o Huses antigo Hospital João Alves;
- implantou quatorze (14) avenidas interligando os bairros de Aracaju;
- construí o Parque da Cidade;
- construiu a 2º Rua de Pedestre do Brasil;
- implantou o 2º sistema de transporte integrado do Brasil;
- construiu a Ponte Aracaju Barra de Coqueiros;
- viabilizou a construção do Porto de Sergipe.
Um home que esteve 12 anos a frente do Estado de Sergipe e 08 a frente a Prefeitura, é claro que realizou várias obras, destacamos algumas que achamos de relevância para o povo sergipano.
Faleceu no dia 24 de novembro de 2020.

Pesquisa da Equipe do Centro de Pesquisa do Palácio Museu Olímpio Campos
Fontes: Livros de História, de política de Sergipe e sites https://fanf1.com.br/joao-alves-filho-seu-legado-politico-perdido/
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/joao-alves-filho
http://www.al.ba.gov.br/historia-do-legislativo/titulos-e-condecoracoes/homenageados/56
https://www.wikiwand.com/pt/Jo%C3%A3o_Alves_Filho




 

Palácio-Museu


A definição de casa-museu ou palácio-museu prevê a proteção da propriedade natural ou cultural, móvel ou imóvel, em seu local original, ou seja, preservada no local em que tal propriedade foi criada ou descoberta. Para que isso aconteça é necessário promover a restauração do patrimônio e utilizá-lo com fins didático-pedagógicos e culturais. Além disso, o Palácio-Museu Olímpio Campos promove eventos abertos ao público, a exemplo de exposições fotográficas, mostras de artistas, lançamentos de livros, entre outros. O novo projeto disponibiliza também serviços de guia para visitação, curadoria, pesquisa, documentação histórica, cafeteria e livraria etc.


         

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