Mandato: 24.10.1899 a 23.10.1902
Olímpio de Souza Campos nasceu em Itabaianinha em 26 de julho de 1853; fez seus estudos iniciais em Estância, depois em Lagarto onde estudou latim; foi para Recife em 1866 para fazer os preparativos para a carreira eclesiástica onde ficou até 1868, completou o curso de ciências eclesiásticas na Bahia entre 1870/1873 mas, não recebeu as ordens de presbítero por não ter atingido a idade canônica, o que só aconteceu em 22 de setembro de 1877; nesse mesmo ano passou a ser o coadjutor do Vigário de Itabaianinha, tornando-se em seguida Vigário da Vila Cristina atual cidade de Cristinápolis; transferiu-se para a Capital em 1880, onde exerceu a carreira sacerdotal até 1900, quando afastou-se para mais livre exercer outra carreira a política. Nessa nova carreira elegeu-se Deputado Provincial para a Legislaturas de 1882/1883/1884 e Deputado Geral para a 19ª e 20ª Legislatura de 1885 e 1886 1889. Com a nova ordem política vigente no País a partir de 1889 (República), adequou-se ao novo sistema, organizando o partido Católico o OPC, partido que teve vida curta; como homem público participou da elaboração da Primeira Constituição do Estado que foi promulgada em 18 de maio de 1892 e da Lei Orgânica da Justiça estadual; em 1893 foi eleito Deputado Federal tendo o seu mandato renomeado. Foi indicado pelo Presidente Felisbelo Freire para presidir o Conselho da Intendência de Aracaju, cargo equivalente ao de Prefeito. Foi eleito Presidente do Estado de Sergipe em 24 de outubro de 1889 e governou até 1902. Em seu Governo remodelou o prédio da Escola Normal, resgatou um valor alto da moeda fudiciária, o que possibilitou que ele realizasse vários melhoramentos materiais na Capital, levou para Itabaianinha o correio e o telégrafo, mandou construir o açude PRESA em 1902 e redigiu vários textos para os jornais da época.
Em 18 de fevereiro de 1903 foi eleito senador por Sergipe. Olímpio Campos foi Cônego honorário da Catedral Primacial da Bahia, Monsenhor Camareiro secreto de S.S. Leão XVIII, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, pertencia a cadeira de Instrução Cívica e Moral da Escola Normal, Irmão das irmandades de S. Pedro da Bahia e do Rio de Janeiro e sócio das sociedades Sergipanas de Agricultura Aracajuana e de beneficência e Amparo das famílias.
Em 1906 aconteceu uma revolta comandada pelos integrantes do partido progressista que derrubou o governo Olímpista de Guilherme de Campos, irmão de Olímpio por 18 dias; contando com o apoio das tropas Federais do Governo de Rodrigues Alves para a retomada do Palácio do Governo aconteceu o fato marcante da História de Sergipe que foi a morte do Deputado Fausto Cardoso em 28 de agosto de 1906 na frente do Palácio; em 09 de novembro os filhos e sobrinhos de Fausto assassinaram Olímpio Campos na Praça XV no Rio de Janeiro com 11 tiros e 02 facadas segundo os documentos ligados ao fato.
Em 12 de julho 1e 1954 através da Lei nº 575 no governo de Arnaldo Garcez o Palácio passa a ter a denominação de Palácio Olímpio Campos.
Texto organizado pela equipe da Coordenação de Educação e Pesquisa do PMOC.
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